SINPROFE – 12 anos de resistência, união e conquistas dos professores de Barreiras

A história do Sindicato dos Professores de Barreiras (SINPROFE) é marcada por coragem, persistência e pela certeza de que somente a união da categoria garante avanços reais. Desde sua fundação, em 9 de setembro de 2011, a entidade construiu uma trajetória de enfrentamentos e vitórias, atravessando momentos de grandes dificuldades, mas também de realizações históricas.

O SINPROFE nasceu da necessidade de autonomia e identidade própria. Antes vinculado à APLB e funcionando numa sala cedida pelo SINDSEMB, o movimento pela independência foi conduzido por um grupo de educadoras e educadores determinados, com a assessoria do advogado Edson Vieira de Lima. À frente, estavam as professoras Maria Verônica Porto e Luzimar Pereira dos Santos, liderando a primeira diretoria (2011–2014). Já no ano seguinte à fundação, o sindicato passou a ter sede alugada e viveu sua primeira grande greve, de cerca de 30 dias, em defesa do repasse integral da atualização do piso nacional do magistério. O embate com a gestão municipal foi intenso e, embora o objetivo não tenha sido alcançado, a mobilização consolidou a imagem do SINPROFE como voz ativa da categoria.

A segunda gestão (2015-2017), liderada por Arizângela de Arimatéia Farias Mendonça e Silmara Adriana Cardoso Campêlo, fortaleceu a base de filiados e adquiriu, com recursos das contribuições, o terreno onde viria a ser construída a sede própria. Nesse período, a categoria enfrentou um dos golpes mais duros de sua história: a aprovação do Projeto de Lei nº 10, que retirou direitos conquistados a duras penas.

Na terceira gestão (2018-2020), presidida por Maria Rodrigues da Silva Lima e Glauciana Alencar Viana, o sindicato resistiu às consequências da Lei nº 10 e enfrentou o início da pandemia de Covid-19, que expôs ainda mais os desafios do magistério. As condições precárias de trabalho, somadas ao ensino remoto emergencial, exigiram criatividade e força de mobilização para proteger direitos básicos.

A quarta gestão (2021–2023), novamente com Maria Rodrigues na presidência, ao lado de Arizângela, teve como marca o enfrentamento à revogação da eleição democrática para gestores escolares – substituída por nomeações diretas do Executivo – e à resistência da gestão municipal em dialogar com o sindicato. Em março de 2022, por motivos pessoais, Maria Rodrigues deixou o cargo, sendo substituída por Maria Aparecida Pessoa Souza, até então membro da diretoria. Sua chegada coincidiu com uma das maiores ameaças à sobrevivência da entidade: a Lei Municipal nº 1.507/2022, que suspendeu por sete meses o desconto em folha da contribuição sindical, colocando em risco o funcionamento do SINPROFE. A medida foi revogada em novembro pelo Ministério Público, mas os prejuízos financeiros exigiram reestruturação. No início de 2023, o sindicato protagonizou uma paralisação pela atualização do piso nacional, conquistando o reajuste após negociação com o Executivo.

Ainda em 2023, sob a coordenação de Maria Aparecida Pessoa Souza e da tesoureira Ana Maria de Alencar Vieira, e com recursos aplicados de forma responsável por gestões anteriores, o SINPROFE deu início à construção de sua sede própria. O projeto, assinado pelo engenheiro civil Francisco Carlos Vieira Damaceno, com apoio do técnico em edificações Antônio Carlos Pimentel de Araújo e execução do mestre de obras Nicodemos de Souza Silva e equipe, tornou-se realidade em menos de um ano.

Na atual gestão (2024–2026), presidida por Maria Aparecida Pessoa Souza e Arizângela – desta vez eleitas diretamente pela categoria -, o sindicato celebrou, em 28 de junho de 2024, a inauguração de sua sede própria. Essa conquista é fruto de 12 anos de dedicação coletiva, envolvendo todas as diretorias, filiados e filiadas, e também aqueles que já partiram, mas deixaram sua marca na história.

O SINPROFE segue firme em sua missão: lutar pela valorização profissional e pela melhoria das condições de trabalho no magistério. Como lembra sua presidenta, “a luta é interminável, não nos dá descanso e não podemos fraquejar. Juntos e juntas, somos muito mais fortes”.