A Presidenta do Sinprofe, denuncia a escalada da desvalorização, o sofrimento dos profissionais da educação e o ataque ao Plano de Cargos e Salários, ressaltando que a Carta de Brasília ilumina o caminho da resistência e da luta em defesa da escola pública, especialmente para o qualificado corpo docente de Barreiras
SINPROFE – A presidenta do Sinprofe, professora Maria Aparecida Pessoa, manifesta profunda apreensão diante do cenário sombrio que se abate sobre a educação, marcado pela crescente desvalorização dos professores e demais profissionais, o sofrimento traduzido no aumento alarmante de casos de adoecimento e assédio moral, e a mais recente afronta: o desmonte do Plano de Cargos e Salários na rede municipal de Barreiras.
Para a líder sindical, a conjuntura não é fruto do acaso, mas a execução de um projeto político de erosão da escola pública, que atinge diretamente a qualificada comunidade de educadores de Barreiras, composta por especialistas, mestres e doutores. Em meio a essa tempestade, a Carta de Brasília emerge como um farol, um documento que ilumina o caminho da resistência e da luta em defesa da educação.
“O Sinprofe jamais registrou um volume tão expressivo de denúncias de adoecimento e assédio moral como no presente momento”, lamenta Maria Aparecida Pessoa, com a voz embargada pela preocupação. “Essa triste constatação, somada ao golpe sofrido com o desmantelamento do nosso Plano de Cargos e Salários, revela a face cruel e nefasta de um projeto político que visa à desvalorização da educação e à precarização do trabalho docente, atingindo em cheio os nossos qualificados professores. É fundamental que reconheçamos que este projeto se alimenta da lógica neoliberal e de seus implacáveis ataques aos direitos da classe trabalhadora.”
Maria Aparecida Pessoa encontra na Carta de Brasília, documento que condensa as inquietações e anseios de educadores de toda a América Latina, um sólido amparo para suas análises e um roteiro para a ação.
“A Carta de Brasília é um documento imprescindível, um manifesto que expressa as preocupações de educadores de todo o continente sobre os complexos desafios que enfrentamos”, explica.
“Ela – A Carta de Brasília – nos lembra da urgência em defender a escola pública como um direito social inalienável e patrimônio de todos os povos, e nos alerta para os ataques do neoliberalismo, que se manifestam em diversas frentes, inclusive na desvalorização dos nossos profissionais.”
A presidenta do Sinprofe destaca um trecho particularmente impactante da Carta de Brasília, que reafirma a centralidade da luta da classe trabalhadora e das sociedades globais contra o neoliberalismo, “que aprofunda as desigualdades sociais e econômicas e corrói os regimes democráticos em todo o planeta”.
Maria Aparecida Pessoa enxerga nessa análise uma descrição precisa da realidade que se impõe à educação em Barreiras e no Brasil, que ignora o esforço e a dedicação dos professores, muitos com pós-graduação, mestrado e doutorado.
“O ataque ao nosso Plano de Cargos e Salários, que subtrai conquistas históricas arduamente conquistadas pela categoria, é uma manifestação explícita desse projeto neoliberal”, denuncia. “É uma manobra que visa desvalorizar os professores e demais profissionais da educação, precarizar as nossas condições de trabalho e pavimentar o caminho para a privatização do ensino, desprezando a alta qualificação do nosso corpo docente.”
Maria Aparecida Pessoa sublinha, ainda, a importância de outro pilar da Carta de Brasília: a defesa intransigente de uma educação pública, gratuita, democrática, laica, desmilitarizada, de gestão pública e socialmente referenciada. “Esses são os princípios que nos orientam”, enfatiza.
Devemos lutar por uma educação que seja um espaço privilegiado para a construção do conhecimento, para o desenvolvimento do pensamento crítico e para a formação de cidadãos conscientes e engajados com a transformação social, e não um ambiente de precarização, desvalorização e sofrimento, especialmente para os nossos qualificados profissionais.”
A presidenta do Sinprofe conclama a classe trabalhadora da educação a cerrar fileiras, unir forças e insurgir-se em defesa da escola pública e de seus direitos.
“A Carta de Brasília nos indica a direção”, afirma com convicção. “Precisamos fortalecer os sindicatos, os conselhos escolares e todos os mecanismos de participação e controle social da educação. Precisamos resistir aos ataques, denunciar as injustiças e construir, coletivamente, um projeto de educação que valorize os profissionais, que garanta o acesso à educação de qualidade para todos e que nos conduza a um futuro mais justo e igualitário, reconhecendo a importância e a qualificação dos nossos professores.”
Maria Aparecida Pessoa encerra seu texto com uma mensagem de esperança e um chamado à ação:
“Acreditamos na força da nossa união, na capacidade de resistência da classe trabalhadora. Acreditamos que, juntos, podemos reverter esse quadro de desvalorização, defender o nosso Plano de Cargos e Salários e edificar uma educação pública de excelência para todos e todas, como nos inspira a Carta de Brasília, valorizando e reconhecendo a importância dos nossos professores e demais profissionais.”
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