Professores da Rede Pública ameaçados: Sinprofe alerta para onda de assédio e adoecimento docente em Barreiras

Sindicato alerta para o aumento de denúncias  e casos de assédio na rede pública de Barreiras e articula medidas de enfrentamento para proteger a saúde e a dignidade dos docentes

Sinprofe – Sindicato intensifica combate a abusos moral, institucional, hierárquico e entre pares que comprometem a saúde e a dignidade profissional de educadores em Barreiras. Diante do aumento das queixas, a entidade articula ações e reuniões com profissionais da Educação,  profissionais da área da saúde e com o seu corpo jurídico.

O Sindicato dos Professores (Sinprofe) tem registrado um preocupante crescimento no número de denúncias de assédio na rede pública de ensino municipal de Barreiras, revelando a vulnerabilidade dos docentes a diferentes formas de violência psicológica. Os relatos apontam para um ambiente de trabalho hostil, que demanda intervenção imediata. Entre as modalidades mais recorrentes, destacam-se:

  • Assédio Moral: condutas abusivas, repetitivas e prolongadas que causam danos psicológicos e emocionais;
  • Assédio Institucional: práticas de gestão que desrespeitam ou desqualificam o trabalhador;
  • Assédio Hierárquico: abuso de poder praticado por superiores diretos;
  • Assédio entre pares: situações de hostilidade e violência psicológica entre colegas.

Essas condutas afetam de forma severa a integridade física e psíquica dos professores, comprometendo tanto a qualidade do ensino quanto o equilíbrio da comunidade escolar.

No cotidiano, o assédio profissional costuma se manifestar em práticas como:

  • Sobrecarga de trabalho;
  • Imposição de metas abusivas;
  • Retirada de autonomia;
  • Instruções confusas e imprecisas;
  • Tratamento desrespeitoso;
  • Exposição a práticas vexatórias;
  • Isolamento da vítima.

As consequências vão além do indivíduo: resultam na perda de autoestima, na desvalorização do papel docente e, muitas vezes, no afastamento do trabalho ou até na desistência da carreira. Socialmente, o impacto se estende ao ambiente escolar, prejudicando as relações interpessoais e o processo de aprendizagem dos alunos, além de gerar custos elevados aos sistemas de saúde e previdência.

Na saúde dos professores, os efeitos são devastadores, levando ao desenvolvimento de doenças psíquicas e psicossomáticas, como:

  • Síndrome de Burnout (esgotamento físico, emocional e mental);
  • Depressão;
  • Transtornos de ansiedade;
  • Estresse pós-traumático;
  • Déficits de memória e concentração;
  • Distúrbios do sono;
  • Problemas digestivos e cardiovasculares.

Em situações extremas, esses quadros podem evoluir para o suicídio.

Do ponto de vista jurídico, embora ainda não exista legislação específica que abranja todas as formas de assédio moral, ele é reconhecido como ato ilícito, sujeito à reparação por danos morais e materiais. A Constituição Federal (direitos à dignidade e à saúde), o Código Civil (responsabilidade por ato ilícito) e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quando aplicável, oferecem respaldo para ações individuais ou coletivas na Justiça do Trabalho.

Diante do crescimento das denúncias, o Sinprofe está articulando ações concretas e elaborando ações estratégicas para reuniões com os profissionais da Educação. O objetivo é debater o tema de forma aprofundada, construir estratégias eficazes de combate e ampliar a rede de apoio aos docentes. O Sindicato reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos direitos da categoria e incentiva todos os professores a denunciarem qualquer forma de assédio, garantindo sigilo e suporte no enfrentamento dessas práticas abusivas e reprováveis.


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